quarta-feira, 11 de junho de 2008

Glass Cockpit. Caminho sem volta!

Caros amigos. Com esse artigo pretendo comentar sobre meus objetivos, intenções e dificuldades ao instalar em meu FK-9 os instrumentos Dynon EFIS-D100 e o EMS-D120. Mostro aqui também, o resultado dessa opção, bem como as primeiras impressões na utilização desses instrumentos. Em primeiro lugar, as siglas EFIS vem de “Eletronic Flight Information System” e EMS de “Engine Monitoring System”.
Quando de minha viagem para o 6° ENU de Barreiras em 2006, marcamos para nos encontrar em Caruaru para de lá rumarmos para o nosso destino. Dormimos em Caruaru e decolamos no dia seguinte eu, Biuzinho, Adolpho, Tomé e o Cmte Paraíba que por acaso estava passando por essas bandas junto com o Xico Bragante, transladando um Vimana em tandem que o Cmte Paraíba havia comprado em Fortaleza e que posteriormente batizaria de “Jegue Evolution”.
Após um pouso para descanso e almoço em Paulo Afonso, pegamos a proa de Lençóis na Bahia (SBLE) aos pés da Chapada Diamantina onde pernoitaríamos, pois Tomé queria muito rever a região e nos mostrar suas belezas (da Chapada bem entendido... hihihihi). Uns 50 minutos após a decolagem de Paulo Afonso as condições meteorológicas começaram a se degradar na nossa proa. Eu, Biuzinho e Cmte Paraíba estávamos voando no nível 045 e Tomé e Adolpho estavam no FL 085, acima da camada. Como estava tudo beleza lá no 085, Tomé nos convidou para subirmos para o “andar de cima”. Aceitamos a sugestão e iniciamos a subida. Passando prá cima, tudo ficou uma beleza. Zero turbulência e aquele vôo liso e suave, mas o tempo foi passando... duas horas em cima da camada e fomos nos aproximando de Lençóis e nada de acharmos uma brecha que fosse para iniciarmos nossa descida. 30 milhas fora e nada... 20 milhas e nada...Chamamos a Rádio Lençóis que nos informou OVC no Aeródromo. CHÍÍÍÍ, E AGORA? Caraca! Começou a bater um stress dos diabos, pois já tinha feito três vôos prá lá no Flight Simulator e sabia exatamente do perigo que nos cercava a proximidade do aeródromo com as montanhas daquela região. Como Tomé estava voando o seu veloz Fascination, e estava bem à frente, foi procurando um buraco para furarmos a camada. O GPS nos informava que já estávamos no bloqueio da pista e nada de buraco. Finalmente Tomé que já tinha se deslocado 12 milhas prá sudeste da pista, nos avisou que estava avistando um enorme buraco o que para todos nós foi um alívio indescritível.

Na verdade, não era um buraco mas o fim da camada, e quando passamos prá debaixo dela fomos presenteados com a mais linda visão que já tive em minha vida. Uma planície verdejante com uma linda e acolhedora pista a nos aguardar e proteger. Uma recompensa de Deus pelo nosso sofrimento.

Depois desse episódio, jurei prá mim mesmo que iria instalar um horizonte artificial em meu ultraleve. Não para me tornar mais arrojado, afoito ou valente, longe disso, pois não faz meu gênero, mas para poder sair com segurança de alguma dificuldade eventual.
Como tinha acabado de voltar da Sun’n Fun em Lakeland e já tinha percebido por lá a tendência quanto ao uso dos EFIS, comecei a pesquisar os equipamentos disponíveis no mercado. Comparando com os horizontes elétricos e à vácuo foi fácil perceber que realmente os equipamentos eletrônicos oferecem muito mais pelo mesmo dinheiro, principalmente para quem está instalando esses instrumentos em um painel novo, além de não roubar potência do motor, serem leves e agruparem tudo em um só conjunto. A grande interrogação fica por conta da confiabilidade entre os já aprovados analógicos e os novos digitais, principalmente com relação aos instrumentos disponíveis para a aviação não homologada, pois para a aviação “grande” esse tipo de discussão já nem cabe mais, pois todos os fabricante de aeronaves no mercado já estão usando ou estão fazendo upgrade para usá-los, e isso como um forte apelo de marketing para estimular as vendas de seus produtos.
À partir daí, passei a encher o saco do pessoal da Alpha Bravo prá eles desenvolverem um painel que eu idealizei para o FK-9 de forma que coubesse os instrumentos que eu queria colocar. Depois de algum tempo o Sergio Filho da Alpha Bravo me mandou uma “máscara” nova que ficou do jeito que eu havia desenhado. Beleza!
Dentre as diversas opções à disposição escolhi os equipamentos Dynon, por já estarem a mais tempo no mercado e pelo bom conceito adquirido junto aos fabricantes de ultraleves. Além disso, por oferecerem um bom suporte e atualização dos softwares e ainda apresentarem um excelente acabamento.
Ano passado, novamente em Lakeland, parti para comprar os dois instrumentos da Dynon, mas por infelicidade só consegui comprar o D100, pois o D120 estava faltando inclusive na fábrica. Caramba, com essa não contava. Adiei o projeto e este ano como a Dynon já havia regularizado o abastecimento, de volta da Sun’n Fun trouxe na bagagem o D120.
Agora já com tudo na mão, faltava a pior parte: desmanchar o que estava pronto e funcionando perfeitamente, e montar tudo de novo! Gente, prá isso pode ter certeza que é preciso muuuuita coragem. Mas desafios existem para serem encarados. E lá vamos nós...

De cara contratei Luciano Araújo de Recife que é um verdadeiro mago da eletrônica. Engenheiro eletrônico, jovem talentoso que ama o que faz e que não faz corpo mole para encarar os obstáculos. Foram vários dias e noites (7 dias) decifrando os segredos desses instrumentos. O primeiro erro foi não confiar no que já estava planejado, e por sugestão de algumas pessoas decidimos mudar algumas coisas de última hora. Resultado: por conta disso e da falta de experiência os furos não ficaram nos lugares corretos. Tivemos então, de remendar os erros e começar tudo de novo. Só aí perdemos dois dias. Depois encontramos um erro em um cabo serial que veio de fábrica com as cores dos fios trocados. Até descobrirmos o erro deu bastante trabalho, pois o cabo não funcionava. Uma falha inadmissível da Dynon! Depois foi a questão das atualizações das versões. Como o D100 já era um ano mais antigo verificamos que teríamos de atualizar para a versão nova: Firmware 4.0.4. Ok, mas os dois instrumentos não se entendiam e não dialogavam entre si. Só que por achar que o D120 tinha sido comprado a um mês atrás e que o mesmo não estava disponível prá venda ano passado, não verificamos de imediato a versão instalada nele. Só depois de muito sofrer é que vimos que a versão do programa era ainda de 2006(?????). Outro erro da Dynon!
Atualização feita partimos para a instalação do GPS e.... nada. O equipamento não era reconhecido pelos Dynon. Lutamos, lutamos, lutamos. Caraca, o que isso??? Por incrível que pareça, descobrimos que meu GPS 296 tinha um probleminha nas portas COM1 e COM2 que não permitia a comunicação entre os equipamentos. Pode?? Ou seja, tudo que poderia acontecer de errado, aconteceu. Ah, Sr. Murphy...

Mas finalmente, resolvidos os problemas de comunicação, partimos para a instalação propriamente dita. Cabos e mais cabos e eu pensando: nunca mais vou conseguir voar meu avião de novo, rsrsrsrsr.

Instalamos todos os “probes” ou sensores e as informações foram aparecendo. Sensores de EGT, CHT, pressão do combustível, bússola remota, etc, etc, etc.

Depois de todas as ligações e furos feitos, colocamos no lugar a máscara do painel conferimos, re-conferimos, corrigimos os furos que ainda não estavam de acordo com os suportes do painel, e agora estava na hora de repintar a máscara do painel. E é aí que entra a arte do nosso amigo Léo.

Léo é proprietário da Casa OK e da Kromme, tradicionais empresas de tintas e sinalização de nossa cidade. Amante do aeromodelismo, perfeccionista e extremamente caprichoso, já a algum tempo vem se chegando para o nosso lado da aviação desportiva e lá no Aeroclube, vendo nossa luta, imediatamente se prontificou a repintar o painel. Conversamos bastante e sensível como ninguém, conseguiu captar exatamente as minhas intenções, realizando um trabalho primoroso. Obrigado Léo e parabéns pelo trabalho!

Painel original e painel modificado.

Depois de instalado, agora vem a parte de ajustes. Os Dynon podem oferecer uma enorme quantidade de informações e a flexibilidade na mudança de telas é fantástica, mas para isso é necessário estudar bem os manuais para ajustar cada parâmetro, unidade a ser empregada em cada instrumento, início e fim das faixas de utilização, sequencia de apresentação das telas, etc, para deixá-lo ao seu gosto. Um ajuste interessante é o da bússola. O D100 já vem com uma bússola interna, mas deve-se comprar também, uma bússola remota (opcional) prá que possa haver uma redundância nas informações melhorando a precisão do instrumento. Para se efetivar a sincronia das duas bússolas e afinar a interpretação do sinal magnético é necessário entrar no site http://www.ngdc.noaa.gov/geomagmodels/IGRFWMM.jsp do Geophysical Data Center da NOAA. Lá no site, você entra com as coordenadas do local onde você está instalando os equipamentos na aeronave, no nosso caso o Aeroclube de Campina Grande, e aí você pode pegar a declinação, a inclinação magnética (nem sabia que existia!?!?!?) e os valores de intensidade dos campos magnéticos dessa localidade. Depois de inserir esses dados no instrumento alinha-se a aeronave o mais próximo possível dos quatro pontos cardeais aciona-se a tecla adequada e o bicho vai realizando o seu alinhamento interno para cada ponto cardeal. Bem interessante.


Depois de tudo ajustado, a mudança de páginas é feita apertando-se apenas uma tecla.

Fiz questão de tirar muitas fotos para mostrar que a flexibilidade entre as telas é total. Voce pode dispor de todas as informações em qualquer tela e da maneira que voce achar melhor.

Após tudo instalado, depois de mais ou menos 170 horas de trabalho, a adaptação aos novos instrumentos é necessária porque as informações vão estar em locais diferentes de antes das modificações. Portanto, alguns minutos ou mesmo algumas horas deverão ser gastas no solo para que você se familiarize com o novo posicionamento dos instrumentos e a maneira como você deverá ajustá-los em vôo, mas o software é bem amigável e intuitivo, e rapidamente você vai pegando o jeito da coisa e vai descobrindo a quantidade de informações disponíveis sobre o vôo e os parâmetros do motor. Show! Só como exemplo: se você adquirir um sensor OAT (outside air temperature), que é mais um dos inúmeros opcional da Dynon, em conexão com o seu GPS o sistema lhe fornecerá dados que aparecerão como uma seta indicando a direção exata do vento e sua intensidade! Passei a me sentir piloto de Airbus, hihihihihihi. A versatilidade na troca das páginas é total como vemos. É como se tivéssemos um painel full IFR, pois temos todas as informações tanto para o piloto como para o copila. Claro que não é bem assim, pois não dispomos de um sistema com redundância nem instrumentos para tal, mas é bem interessante a quantidade de informações disponíveis, e se alguém quiser voar na direita, vai ter à disposição as mesmas informações de quem estiver à esquerda.

Bom... brinquedinho novo, agora vamos voar bastante para testá-lo em rota esperando que seja resistente e confiável como gostaríamos. Daqui a mais um tempo reportarei minha experiência com esses aviônicos. Aos mais conservadores e românticos devo admitir que os painéis com muitos relógios e ponteiros são o maior charme e também gosto muito deles, tanto é que deixei quase todos no painel novo, porém tal como os GPS os glass cockpits vieram para ficar...

Sugestões:
- Se possível comprar todos os opcionais para desfrutar de tudo que os instrumentos podem oferecer. - Antes de começar qualquer coisa, verificar as versões que estão nos equipamentos e atualizá-las. - Imprimir os manuais de instalação e do usuário atualizados. - Procurar um técnico capaz para executar o serviço. No meu caso acertei na mosca: LUCIANO ARAÚJO. Cel: 081 9968-0682. Esse faz! Valeu sua paciência, meu camarada!

Espero que esse relato ajude alguém que está pensando em instalar esse tipo de instrumentos e se sente inseguro para tomar suas decisões.


Um fraternal abraço a todos!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Sun'n Fun 2008




Caros amigos.
Já faz algum tempo que não atualizo meu Blog por absoluta falta de tempo. Inclusive fiquei de mandar notícias desde lá durante a feira, mas confesso que foi impossível. Primeiro porque como ficamos em Orlando que fica a mais de 85 milhas de Lakeland , local da feira, perdíamos muito tempo viajando prá lá e prá cá todos os dias. Para nós brasileiros tudo é complicado. Temos pouca oferta de produtos de aviação em nosso país e por conta disso, e também por causa dos preços altos demais por aquí, sempre levamos uma lista muito grande de coisas prá comprar nos Estados Unidos. Por isso a Sun'n Fun que deveria ser um local para passear, ver e viver o clima aeronáutico acaba sendo uma peregrinação aos stands em busca de parafusos, filtros, rádios, molas, instrumentos, fones, capacetes, etc, etc, etc, além de uma infinidades de encomendas dos familiares e dos amigos que não foram. Por conta disso o tempo torna-se exíguo para tanta coisa e acabamos perdendo o melhor da festa que é curtir o clima aeronáutico, ver com calma por exemplo, a ala dos “vintage”, relíquias da aviação clássica belíssimamente conservadas, os shows aéreos, as demonstrações das aeronaves.

Ver os aviões de seus sonhos. Aqueles que talvez você nunca chegue a comprar ou mesmo voar, mas que o faz sonhar. Participar dos workshops sobre um monte de coisas interessantes e que ajuda a enriquecer seus conhecimentos. Ver a ala dos War Birds e se deslumbrar com seus roncos magníficos e ensurdecedores, o porte gigantesco em comparação com nossos pequenos e frágeis ultraleves. Isso precisa ser visto com calma e deleite. Degustando cada momento e tentando entrar na alma de cada um daqueles veteranos, procurando entender como foi a aviação na famosa “golden age”. Por quantas situações de perigo passaram essa velhas águias, na época jovens pilotos em suas perigosíssimas missões na Europa e no Pacífico, muitas vezes à noite, com instrumentação precária, sem saber se voltariam para casa. Quantos medos passaram esses homens até dominar a arte de voar muitas vezes aprendendo na marra para se livrar dos ataques inimigos. Como aprenderíamos com eles escutando suas histórias...


Sinto falta de mais tempo para desfrutar desses momentos. Mas tenho esperança de que um dia ainda vá a Lakeland prá acampar em uma barraca debaixo da asa de um avião. Assar uma carne numa churrasqueira ao lado de amigos com a lua refletindo nas asas polidas de um Cessna 170 ou talvez de um Waco 1935 quem sabe do Stearman daquele bigodudo simpático vestido à caráter que me acenou na hora do taxi,


todos os aviões parecendo saídos de fábrica e pela manhã acordar com o ronco majestoso de um radial rasgando o silêncio, perfeitamente integrado ao seu ambiente e à brisa fresca de um amanhecer num campo de pouso. Aquela grama fresca e úmida...os finais de tarde na pistinha de ultraleves, com uma fila permanente de mais de 8 aeronaves na final. Isso sem parar, até às 19:00 com o sol ainda brilhando por trás das nuvens. Um espetáculo em si mesmo!


Ah, isso eu preciso fazer! Prá mim acho que ir prá feira é isso. Me empapuçar de aviação. Do cheiro da gasolina queimada. Das incessantes decolagens e pousos, das manobras incompreensíveis dos acrobatas, dos malucos responsáveis por apresentações hilariantes. Lakeland é o carnaval de quem gosta de aviação. O alimento do espírito para alguém que como eu ama essa atividade romântica e fascinante. Como me sinto bem por lá... Mas as famigeradas compras engolem o nosso precioso tempo a acabamos perdendo o melhor. Quem sabe um dia nosso País passe a ter impostos mais baixos de maneira que os preços por aqui sejam os mesmos de lá e quando formos para a Sun’n Fun ou para a AirVenture em Oshkosh viajemos só para ver aviões ao invés de perdermos tempo a comprar coisas e mais coisas.

Cmte Assis de Fortaleza.Esse Highlander fez miséria na pistinha de grama. Surpreendente. Associação fortíssima!

Roberto.Ricardo Crivelenti e amigos.
Sky Catcher: A Decepção. Acabamento fraquíssimo! Não é aeromodelo, não! Lá se voa qualquer coisa....Pausa para um lanche.E o Sea Max fazendo bonito no meio das feras.Nosso Paradise.Gobosh. Bonita máquina!Um rapaz novo, mas sempre cansado..... rsrsrsrsrWander, Chico e Sérgio. Na paquera do American Legend.Painel do American Legend.Luis Cláudio, eu e ChicoRoberto, Juliana, Rodolfo, eu e Chico.
Esse ano fomos daqui de nossa região apenas eu, Roberto Dantas e Juliana, sua esposa, Adolpho e Zenilma sua esposa e Chico Oliveira. Saímos todos em vôos diferentes. Eu saí daqui na sexta-feira dia 04/04 por São Paulo, Roberto e Juliana foram por Manaus. Adolpho saiu no sábado e Chico só chegou lá na segunda à noite. Lá encontramos o irmão de Roberto, Rodolfo que estava morando em Seatle e um casal de amigos de Adolpho: Carlos e esposa.


Prá mim esse ano foi bem especial. Como Adolpho estava olhando um Sportsman para comprar, a Glasair Aviation agendou um vôo de demonstração para a sexta-feira dia 11/04 às 8:00 e claro que eu estaria lá, mesmo que fosse só prá voar de saco. No dia e hora marcados, estava eu lá e depois do vôo de Adolpho o diretor da empresa , muito gentilmente me perguntou se eu também queria voar o avião. Caraca! Sou apaixonado pelo Sportsman e o cara tava me proporcionando uma oportunidade imperdível! Vixe Maria do Céu...pensei: lá vai o paraíba voar “o lindão” nos céus dos Isteites pela primeira vez. E num é que fui mesmo, minha gente! E num fiz feio não, visse! Depois da demonstração do piloto da Fábrica o cara me entregou os comandos e eu peguei o bicho pelos chifres e saí todo serelepe pelos ares americanos. E tome coordenação e tome stol, vôo ascendente em curva, descendente em curva fechada. Fiz o tráfego e tudo. Né mentira não. Tá tudo registradin como cês pode vê! E tem mais: de agora em diante só aceito ser tratado de Cmte INTERNACIONAL Ricardo Chaves! Rsrsrsrsrsrsrsr. Brincadeira gente! É que eu tenho que confessar que se me saí bem no vôo, o mérito é todo do avião, pois ele é muito fácil de pilotar. Em poucos instantes de contato com a aeronave, já estava me sentindo em casa tal a docilidade e resposta de comandos. É um avião sem mistérios.


Esse Sportsman estava equipado com um motor Lycoming IO390-X de 210 hp e o bicho né fraco não. Na demonstração o piloto colocou o avião na “faca” encostou o manche na barriga e segurou o avião no pré stol com 52 kts. Demos umas 4 voltas sem perder um pé de altitude. Impressionante! A concepção deste avião é bem semelhante a do meu FK9 claro que guardando as devidas proporções, ou seja: asa alta, uma gaiola de proteção “safety cage”, fuselagem em composto e 2 manches convencionais tipo stick, ou seja não sentí tanta diferença na pilotagem a não ser pelo motor que é um verdadeiro canhão, e o Sportsman ainda pode ser usado como triciclo ou convencional. Paga-se uns U$ 2.500,00 para se ter o segundo conjunto de trem de pouso e pode-se reverter o sistema de trem em poucas horas de trabalho. Muito versátil. Final da conversa: meu amigo Adolpho gostou e bateu o martelo fechando o negócio. Em breve teremos um Sportsman aqui pertinho de nós, em Touros. Valeu Cmte Adolpho! Parabéns pela escolha, espero que o bichinho lhe dê muito prazer.

Cmte. Adolpho com sua nova aquisição.
Adolpho, Dan e o paraiba aquí
Taxi para a cabeceira 27
Lakeland merece o nome que tem.
No ingresso para o tráfego, o vento já havia mudado para a cabeceira 09.Perna do vento pela direita.Final da 27 de Linden Regional Airport.
É isso aí. Pela Sun'n Fun deste ano passaram mais de 10.000 aeronaves. Uma organização impecável, que nos cativa para no próximo ano estarmos lá novamente. No sábado depois de arrematar as últimas compras voltamos eu e Chico para Miami para pegar nosso vôo de volta no domingo dia 13/04 pela manhã. Mas toda vez que deixo aquele País, parto com uma ponta de saudade e um pouco de inveja daquela infra-estrutura fabulosa e da capacidade de organização do povo americano, pois fazer uma festa desse porte toda à base de voluntários, não seria muito fácil aqui em nosso País. Parabéns ao povo de Lakeland e a EAA pela belíssima festa. Abraços a todos os amigos.